Perfil do Curso do CAAD

Fonte: Projeto Pedagógico p. 22

O perfil do Curso, aberto e articulado com diversos campos do conhecimento, permite que sejam realizadas conexões com várias outras unidades e departamentos da UFMG, seja no nível de ensino, pesquisa ou extensão.

Em uma primeira análise, pode-se vislumbrar conexões fortes com a grande área de Humanidades, como Comunicação Social, Letras, Música, entre outras. Entretanto, conexões também sólidas podem ser feitas com a área de Exatas, como a Ciência da Computação, por exemplo. A formação complementar pré-estabelecida em jogos (games) é um exemplo concreto de articulação entre Artes e  Exatas.
Os tempos da TV digital interativa chegam em meio a um processo já em franco andamento que é o fenômeno da convergência digital, operado principalmente na rede mundial de computadores, na qual se pode encontrar desde “rádios e TVs” convencionais até conteúdos altamente interativos e dinâmicos.

O curso também está sintonizado com o fenômeno da convergência digital que poderá abrigar praticamente todas as mídias eletrônicas possíveis, incluindo o crescente mercado de telefonia móvel. Nesse contexto, o Curso deve fornecer subsídios para a formação do aluno, no sentido de ampliar suas habilidades e permitir que novas capacidades sejam articuladas. 

Não é difícil imaginar um mercado de trabalho para o egresso do curso, quando se pensa na produção de conteúdo e prestação de serviços para a rede mundial de computadores. Além disso, há a demanda já consolidada e em franco crescimento de produção de conteúdo para as mídias tradicionais, como cinema e TV. 

A área de animação no Brasil vem crescendo vertiginosamente nos últimos anos, com a ampliação de festivais internacionais e nacionais no país, como o consagrado Anima Mundi (RJ, SP, MG e PA) e o recente “Granimado” (RS), além da articulação formal de profissionais especializados, como a Associação Brasileira de Cinema de Animação (ABCA), Associação Curta-Minas, entre outros, que têm conseguido sólidos resultados para a expansão das atividades do animador profissional brasileiro.

Vale citar o crescimento significativo de editais de incentivo à produção cultural do gênero animação e, mais importante, das políticas de reserva de mercado para a formatação de séries televisivas brasileiras nas TVs abertas e a cabo, o que amplia sensivelmente o campo de atuação de animadores, além das habituais inserções no mercado publicitário e para a rede mundial de computadores.

É o caso do Projeto de Lei 1821/2003, do Deputado Vicentinho, que tramita na câmara e defende uma reserva de tela de TV para a animação nacional, inserindo a questão da formação de uma indústria de produção de animação genuinamente brasileira no âmbito político, onde, pela primeira vez, passou-se a discutir a obrigatoriedade da TV em reservar uma porcentagem da sua programação infantil para animação nacional.

Além disso, há o recente debate sobre o Projeto de Lei 29 (PL 29), do Deputado Jorge Bittar, que fixa cotas obrigatórias  de programação nacional na TV por assinatura, em que os canais devem cumprir três horas e meia por semana com programas feitos no Brasil, metade deles também de  produção independente. Contudo, alguns canais estrangeiros a cabo já contam com produção brasileira em sua grade, como o Cartoon Network; além dos nacionais, como o Multishow e o Canal Brasil.


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